E parece que nosso amigo Motoman SDA (também conhecido como Dexter) está prestes a perder o trono de único robô industrial com braços duplos.
Alguns meses atrás, a ABB Robotics apresentou um vídeo com conceito semelhante ao do Dexter.
O modelo da ABB tem 14 eixos (um a menos que os SDA da Yaskawa), entretanto ele tem uma implementação interessante de uma tecnologia que já vi KUKA LWR: a sensibilidade extrema, que o impediria de, por exemplo, esmagar uma mão humana.
Como está indicado na descrição, é apenas um protótipo. Mas como isso parece estar se tornando uma tendência, não duvido que dentro de alguns anos (meses) vejamos algum produto da gigante sueca baseado nisso aí.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
NOVO CONTROLADOR FANUC R-30IB
O novo controlador R-30iB, da FANUC.
Não ligue para a voz... robótica do narrador (aliás, isso parece ser uma marca registrada dos vídeos da FANUC).
Entre as novidades, o tamanho reduzido, menos consumo de energia, opções de software que eram extras e agora já vem integradas, e um novo iPendant com "gráficos 4D" (seja lá o que isso for).
Pelo que andei lendo por aí, vai estar no mercado em 2013.
Mais informações (em inglês), aqui.
P.S.: Aliás, dia desse, dando uma lida numa brochura sobre o R-30iA, achei interessante a observação:
• Virus-free (not PC based)
Obviamente, isso foi uma alfinetada em uma certa konkorrente alemã. Enfim...
terça-feira, 13 de março de 2012
ABB ROBOTICS - ONDE TUDO COMEÇOU
O vídeo abaixo (em sueco, com legendas em inglês) é incrível. Não pela imagens, mas pela história que conta.
Em 1973, a ABB Robotics (ASEA, na época) estava demonstrando seu primeiro robô industrial, um IRB6, em uma feira em Estocolmo.
Aí me chega um empresário chamado Lief Jönsson, vê o bicho, gosta, e informa aos engenheiros da ASEA que gostaria de comprá-lo. O equipamento era tão novo que nem tinha preço. Depois do momento WTF???, eles chegarem a um acordo e Jönsson conseguiu levar o robô para a empresa em que trabalhava, a Magnussons in Genarpab.
E ELE ESTÁ FUNCIONANDO ATÉ HOJE, QUASE QUARENTA ANOS DEPOIS!!!
O ambiente na Magnussons não parece ser tão agressivo quanto uma linha de solda, uma estamparia ou uma fundição, mesmo assim é interessante pensar em quais fatores - Manutenção? Clima? Uso? Proximidade com o fabricante? Interesse do fabricante em mantê-los funcionais para usá-los como propaganda? - fazem um equipamento desses funcionar por quatro décadas em uma empresa, enquanto em outras, robôs mais novos e mais modernos já estão caindo aos pedaços após dois, três anos de uso.
Vale a pena assistir.
DICA: aos 0:49 segundos, reparem no tamanho do TP e do controlador do bicho,
Em 1973, a ABB Robotics (ASEA, na época) estava demonstrando seu primeiro robô industrial, um IRB6, em uma feira em Estocolmo.
Aí me chega um empresário chamado Lief Jönsson, vê o bicho, gosta, e informa aos engenheiros da ASEA que gostaria de comprá-lo. O equipamento era tão novo que nem tinha preço. Depois do momento WTF???, eles chegarem a um acordo e Jönsson conseguiu levar o robô para a empresa em que trabalhava, a Magnussons in Genarpab.
E ELE ESTÁ FUNCIONANDO ATÉ HOJE, QUASE QUARENTA ANOS DEPOIS!!!
O ambiente na Magnussons não parece ser tão agressivo quanto uma linha de solda, uma estamparia ou uma fundição, mesmo assim é interessante pensar em quais fatores - Manutenção? Clima? Uso? Proximidade com o fabricante? Interesse do fabricante em mantê-los funcionais para usá-los como propaganda? - fazem um equipamento desses funcionar por quatro décadas em uma empresa, enquanto em outras, robôs mais novos e mais modernos já estão caindo aos pedaços após dois, três anos de uso.
Vale a pena assistir.
DICA: aos 0:49 segundos, reparem no tamanho do TP e do controlador do bicho,
domingo, 11 de março de 2012
EDITANDO ARQUIVOS DE ROBÔS ABB EM DISPOSITIVOS ANDROID
Já faz algum tempo que tento descobrir uma maneira de ler/editar arquivos produzidos por robôs em dispositivos móveis. Já brinquei com meus Nokias série E, e agora a bola da vez foi meu Galaxy Tab.
Existem
vários editores de texto para Android, mas eu queria uma experiência
mais próxima da que tenho com o notebook, e uma das condições era
que fosse possível ter algum tipo de destacamento de sintaxe (syntax
highlighting).
Pesquisei um pouco e, até onde sei, o único editor de textos - para
Android - onde existe a possibilidade de criar arquivos de
configuração para linguagens de programação específicas é
o Jota (que,
vejam só vocês, eu já usava).
Embora eu não
encoste em um TP (ou num FlexPendant) há mais de um ano, decidi
criar um arquivo de destacamento de sintaxe para a linguagem Rapid,
da ABB, porque esta é a mais editing friendly que
eu conheço.
De início, tive
um pequeno problema. Assim como o próprio Android - que para todos
os efeitos é uma distro Linux - a versão do Jota na qual comecei a
trabalhar era case sensitive (faz diferenciação
entre letras maiúsculas e minúsculas), então um arquivo de
configuração prg.sys.cfg.mod.conf seria diferente de um arquivo de
configuração PRG.SYS.CFG.MOD.conf.
A questão era que
os arquivos gerados pelos controladores S4(C/Plus/P) sempre são
criados com todas as letras de seus nomes em maiúsculas. Mas isso
não acontece com a série IRC5. Tudo bem, não se fabricam mais
controladores da série S4, mas ainda existem muitos deles espalhados
por aí. Então quando um usuário quisesse editar um arquivo do
IRC5, teria que usar um arquivo de configuração e quando quisesse
editar um arquivo do S4, teria que usar outro. Ou poderia ficar
renomeando os arquivos, trocando a capitalização das letras. Nem
preciso dizer que qualquer um dos dois métodos seria, no mínimo,
contraproducente.
Enviei o arquivo
para o desenvolvedor do Jota, mas ele disse que não disponibilizaria
o mesmo junto com o software porque acredita que, embora a linguagem
Rapid não seja muito popular, algumas de suas extensões são. O
.prg, por exemplo, é utilizado pela linguagem FoxPro (alguém ainda
usa isso?). O .mod pode ser um arquivo de vídeo ou um programa
Fortran (alguém ainda usa isso?), e o .sys pode ser um arquivo de
sistema do Windows. E isso poderia confundir alguns usuários. Para
mim, essa argumentação fez sentido.
Ele
disponibilizou o keyword
file em
seu site.
Caso você se interesse, basta baixar o arquivo e colocá-lo em
/sdcard/.jota/keyword/user/ (depois de ter instalado o Jota,
obviamente).
Fiz os testes em
um Galaxy Tab (Android 2.2) e em um Xperia X8 (Android 2.1), e ambos
funcionaram como o esperado.
Infelizmente, não
pude colocar screenshots aqui, porque sou preguiçoso demais para
rootear meu GTab (ou para reinstalar o Z4root, que meu antivírus diz
ser, bem, vírus).
Sei que editar um
programa desses em uma tela minúscula não deve ser lá uma das
experiências mais empolgantes do mundo, até mesmo pela dificuldade
em transferir os arquivos entre o controlador do robô e a grande maioria dos dispositivos Android. Contudo, acho que é vantajoso ter a
*possibilidade* de fazer isso em caso de emergência.
O próximo passo
será criar os keyword files para as linguagens
(v)krl/KUKA e tp/FANUC.
ATENÇÃO 1: caso
sua versão do Jota seja anterior a 0.2.10, provavelmente você terá
aquele problema com os nomes dos arquivos em maiúsculas e minúsculas
que eu mencionei acima. E a melhor maneira de resolver isso é
atualizando o Jota.
ATENÇÃO 2: eu ainda NÃO carreguei nenhum arquivo editado pelo Jota em um controlador ABB, então não sei se haverá algum problema durante o upload. Acredito que não, MAS AINDA NÃO tenho certeza. Então, caso queira impressionar seu chefe programando em seu celular, saiba que você está por usa própria conta e risco, meu chapa. Como dizem os americanos, shit happens. Faça alguns testes antes.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
ROBÓTICA + IPADS?
Particularmente eu prefiro o Android, mas negar que o iPad é a epítome do tablet seria loucura da minha parte. E, mesmo com todas as restrições impostas pela Apple, a gama de usos inusidados dada ao dispositivo nesses dois anos de vida é realmente surpreendente. E, mais cedo ou mais tarde, isso acabaria chegando à indústria da automação.
Me lembro de, em 2010, ter visto uma notícia envolvendo a fabricante americana Adept e os tais iPads, que na época ainda eram novidade. Pouco tempo depois, me deparei com o vídeo abaixo:
E, essa semana, o sempre antenado Samuel Bouchard afirma que um cabeção da Frito-Lay US também manifestou interesse em programar seus robôs com iPads.
Até que faz sentido: anos atrás, as IHMs deixaram de ser hardware especializado para se transformarem em software rodando dentro de PCs comuns (ok, PCs industriais).
Mas fico imaginando como ficaria a parte de segurança. Praticamente nenhum fabricante de robôs industriais aderiu aos TPs sem fio, e imagino que o grande responsável por isso sejam os dispositivos de segurança (botão de emergência + "dead man") contidos no mesmo.
Há ainda a parte de segurança da informação. Se empresas grandes já são especialmente sensíveis em relação a notebooks, o que dizer de dispositivos móveis?
De qualquer modo, da mesma maneira que os PCs foram pouco a pouco sendo introduzidos no mundo automação, imagino que os dispositivos Pós-PC também terão seu lugar ao sol, e será interessante acompanhar essa tendência.
Me lembro de, em 2010, ter visto uma notícia envolvendo a fabricante americana Adept e os tais iPads, que na época ainda eram novidade. Pouco tempo depois, me deparei com o vídeo abaixo:
E, essa semana, o sempre antenado Samuel Bouchard afirma que um cabeção da Frito-Lay US também manifestou interesse em programar seus robôs com iPads.
Até que faz sentido: anos atrás, as IHMs deixaram de ser hardware especializado para se transformarem em software rodando dentro de PCs comuns (ok, PCs industriais).
Mas fico imaginando como ficaria a parte de segurança. Praticamente nenhum fabricante de robôs industriais aderiu aos TPs sem fio, e imagino que o grande responsável por isso sejam os dispositivos de segurança (botão de emergência + "dead man") contidos no mesmo.
Há ainda a parte de segurança da informação. Se empresas grandes já são especialmente sensíveis em relação a notebooks, o que dizer de dispositivos móveis?
De qualquer modo, da mesma maneira que os PCs foram pouco a pouco sendo introduzidos no mundo automação, imagino que os dispositivos Pós-PC também terão seu lugar ao sol, e será interessante acompanhar essa tendência.
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