terça-feira, 23 de julho de 2013

FEEDBACK HÁPTICO EM ROBÔS INDUSTRIAIS

Dia desses, lendo este artigo, me ocorreu uma coisa.

É muito normal encontrar robôs industriais novos, que nem terminaram de ser comissionados, já cheios de "escoriações".

Isso ocorre devido ao fato dos programadores normalmente prestarem atenção na ferramenta, esquecendo o restante do equipamento.

Até existem algumas soluções, como monitoramento de torque diferenciado para os modos automático e manual, mas não conheço nenhuma que seja realmente eficaz.

O que pensei foi em colocar algum tipo de feedback háptico nos terminais de programação. Como se fosse um celular, ou, melhor ainda, um controle de vídeo-game. Se o robô encosta em alguma coisa, ele vibra um pouquinho, e a vibração iria aumentando a medida em que o torque solicitado aos motores aumentasse. Resumindo, quanto mais forte a pancada, mas forte a vibração*. Isso não iria evitar que a necessidade do robotista ficar olhando em volta do robô a cada movimento, mas acho que evitaria estragos maiores.

Seria o contrário de uma característica interessante que os joysticks dos FlexPendants/TeachPendants da ABB tem há décadas, e que nunca foi replicada por outro fabricante: quanto maior a velocidade com que o programador movimenta o joystick, maior é a velocidade com a qual o braço mecânico se movimenta. Simples e intuitivo (apesar de meio perigoso).

Enfim, é só uma ideia, e pode ser que algum fabricante já tenha pensado em implementar algo do tipo.

* na verdade, só estou sugerindo a vibração nos teachpendants para parecer politicamente correto. Ainda dentro do Condicionamento Operante, mas numa abordagem mais incisiva, por mim a resposta tátil poderia ser uma descarga elétrica. Começaria com 127 V. Numa segunda ocorrência dentro de um determinado período de tempo, o choque seria de 220 V. Três batidas, e o robotista levaria 380 V na cachola. Quatro, 440 V. Cinco, 660 V. E, nos poucos casos onde esses energúmenos galopantes continuassem vivos, o que aumentaria após a quinta colisão seria a corrente.**

** é brincadeira, tá, gente? :P

sexta-feira, 21 de junho de 2013

ROBOT CONSULTING

Descobri o site da Robot Consulting agora há pouco. Até então, nunca tinha ouvido falar da empresa.

Pela descrição contida lá, eles são especializados na programação de robôs ABB. E foi justamente isso que me chamou a atenção.

Embora eu não entenda de web design*, achei muito boa a ideia deles de encapsularem o conteúdo das  páginas dentro do display de um FlexPendant. Menção honrosa para o detalhe do texto estar apresentado como se fossem comentários da linguagem RAPID. Venderam bem o peixe.


* acredito que poderiam ser feitos alguns pequenos ajustes no site, como a eliminação de um scroll que a meu ver é desnecessário.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

ABB ROBOTICS - AUTOMOTIVE BODY ASSEMBLY - RIDE THE LINE

Vídeo muito interessante, mostrando todo o percurso de uma carroceria, do assoalho à última estação de respot, numa planta chinesa da Chang'an-Ford.

Estão presentes várias aplicações, como adesivagem, solda ponto, manipulação, geometria, sistemas de sisão artificial, laser (brasagem, corte e solda) e polimento.

Como é um vídeo produzido pela ABB, todos os robôs industriais são desta marca. Também são mencionados outros tipos de equipamentos oferecidos pela empresa.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

INMOOV - UM ROBÔ (QUASE TODO) FEITO NUMA IMPRESSORA 3D



Apesar disso não ser robótica industrial (ainda), é mais um exemplo de tecnologias baratas que estão convergindo e que podem/devem ser absorvidas pela indústria.

Se já estão "imprimindo" armas de fogo , é questão de tempo até que as empresas cheguem à conclusão que pode ser possível homologar materiais e tecnologias alternativas para determinadas aplicações. 

Mais detalhes aqui:

http://inmoov.blogspot.com

quinta-feira, 2 de maio de 2013

ROBÔS INDUSTRIAIS CHINESES

Sempre tive enorme curiosidade em saber QUANDO os chineses começariam a desenvolver seus próprios robôs industriais.

Ao que parece, eles já começaram. E não foi ontem.

Este excelente artigo (em inglês), escrito por Ilian Bonev, dá várias pistas sobre a situação da robótica industrial naquele país.

Alguns tópicos pinçados aleatoriamente do texto:

- Entre 2009 e 2001 a "população robótica" chinesa quase quintuplicou.
- Quem está encabeçando esse movimento é a Foxconn, famosa no mundo todo por fabricar os gadgets da Apple. Não é exatamente uma novidade empresas desenvolverem robôs industriais para suprirem suas próprias necessidades. Foi assim com os primeiros robôs industriais, e ainda será assim em muitos casos. Além da Foxconn, foram citadas também as fabricantes GSK e ESTUN, das quais eu nunca tinha ouvido falar.
-  O TP que a Foxconn quer patentear nos EUA, com joystick e tela touchscreen, me lembra muito um certo Flexpendant.
- Um detalhe que me chamou a atenção: segundo essa brochura de 2008 (também linkado no artigo original), o controlador do Foxbot é (ou era) PC based.

Enfim, qualquer país que se leve a sério tem que ter, no mínimo, o know-how para produzir suas próprias ferramentas e bens de consumo. Mas, se tratando da China, isso sempre toma proporções mastodônticas.

Ainda me lembro de uma certa discussão no Linkedin,  onde um dos participantes afirmou que os chineses estavam trazendo material de construção para o Brasil. Isso mesmo: MATERIAL DE CONSTRUÇÃO. Não sei até que ponto isso era/é verdade, mas não canso de me impressionar (no bom e no mal sentido) com a gana manufatureira chinesa.

Aliás, o artigo do Ilian me lembrou de outro assunto que estou para abordar por aqui há muito tempo, mas sempre acabo postergando: a UNIVERSAL ROBOTS. Mais sobre isso qualquer dia desses.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

SE NÃO QUEBROU, NÃO CONSERTE


Ou ainda:

UMA EMPRESA É GERIDA USANDO UM COMPUTADOR FABRICADO EM 1948!!!!1!!!!1!!! THIS IS SPARTAAAAA!!!!!

Ok.

Cheguei nessa reportagem através de um link que o Ernesto Nakamura postou lá no Facebook. Se o inglês não for problema, leia, porque é muito interessante.

Abaixo, dois trechos:

"These legacy systems are integrated into multibillion dollar systems as control or test systems," Jones says. Replacing these old systems with modern machines, she explains, would cost millions of dollars and could potentially disrupt national security.

The biggest problem with maintaining such ancient computer systems is that the original technicians who knew how to configure and maintain them have long since retired or passed away, so no one is left with the knowledge required to fix them if they break.


Achei legal, já que recentemente perdi uma semana tentando ressuscitar um notebook de 2005, por causa de uma porta serial. Os adaptadores serial-usb que existem por aí estão ficando cada vez melhores. Mas, acreditem, alguns equipamentos industriais mais antigos se recusam a funcionar com este ou qualquer outro tipo de conversor.

O problema é o HD, que está cheio de badblocks. Custei a encontrar um outro compatível (IDE 1, que já não é fabricado há muito tempo). Achei um usado, paguei os olhos da cara. Aí na hora de formatar o bicho, descobri que havia algum defeito no drive de CDs que me impedia de bootar com o CD do Windows XP. Então tive mais um trabalho do inferno para fazer um pendrive bootável. Que não funcionou. Então desisti do Windows e parti para a instalação do Lubuntu, que me permitiria virtualizar um XP com configurações bem modestas, mas funcionais. Então, no meio do processo, o monitor resolver me dar adeus.

Fiquei muito fulo, e acabei desistindo da empreitada. A contragosto tive que devolver o HD, que não ia me servir para mais nada (mas já foi vendido, se você quer mesmo saber).

O problema que tínhamos acabou sendo resolvido de outro jeito, mas isso me fez pensar como setores críticos da sociedade são dependentes de tecnologias que já morreram ou que estão com um pé na cova.

A automação industrial é um bom exemplo disso: boa parte dos sistemas são exclusivamente WindowsXPcêntricos. Em pleno 2013, ainda são fabricados equipamentos que só funcionam ou que só podem ser acessados através de programas que rodam no XP. Nada de Vista, nada de 7 e Windows 8 então, nem pensar!

Aliás, a minha "workstation" é uma máquina virtual do XP.

O problema não é usar tecnologias antigas, porém estáveis. O problema é utilizar tecnologias que pertencem a empresas/grupos que não tem interesse em manter aquilo funcionando por muito tempo. A tal obsolescência programada. Ano que vem a Microsoft mata de vez qualquer tipo de suporte e atualizações de segurança do XP.

Para equipamentos que trabalham isolados, isso não representa um grande problema. Mas com a integração cada vez maior do "chão de fábrica" com níveis mais altos das redes corporativas, e as vezes até com a própria internet, esse abandono por parte da nave mãe pode sim representar um risco à segurança dos equipamentos e, principalmente, das pessoas que trabalham perto deles.

Isso também me fez pensar sobre alguns velhos hábitos que vão ficando com a gente à medida que envelhecemos. Eu só consigo fazer cálculos que vão me tomar mais de dois minutos na minha velha HP 48G, que já está quase nos vinte anos.

Como diz a canção, "panela velha é que faz comida boa"! :)

sábado, 2 de fevereiro de 2013

VÍDEO ALEATÓRIO DO DIA

Um vídeo feito de um ângulo muito bom, que provavelmente só foi conseguido porque a pessoa que filmou deve ter violado umas 549 normas de segurança.

(aliás, as células parecem nem estarem isoladas)

E segue o baile.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

SMARTTETRIS PARA KR C4

Robotistas! Caso vocês tenham algum tempo livre e, por coincidência, estejam próximos a um robô KUKA/KR C4, regozijai-vos!

Quem já programou um robô KUKA antes, provavelmente já deve ter se deparado com o finado KRC Editor, recentemente rebatizado para OrangeEdit.

O desenvolvedor por trás dessa ferramenta abriu uma empresa - a OrangeApps - especializada, ao que parece, em criar pequenos aplicativos para rodar na nova plataforma da KUKA.

Entre outros produtos e serviços, o que me roubou a minha atenção foi essa MARAVILHA chamada de SmartTetris. Como o nome já denuncia, é um Tetris adaptado para rodar nos novos SmartPads.

Veja só:



P.S.: Não que eu tenha feito qualquer experiência nesse sentido, mas *fiquei sabendo* que NÃO é possível instalar o SmartTetris nos VKR C4, pois os mesmos já vem com o KUKA.CPC habilitado de fábrica.

:'(

#chatiads