Esbarrei no RCML (https://toolkit.rcml.tech/) hoje, e só posso dizer que achei a ideia muito interessante.
O WORA (write once, run anywhere) foi um slogan criado pelo pessoal da Sun Microsystems, para descrever o código Java, que uma vez escrito, pode ser executado em qualquer sistema operacional que tenha um interpretador Java disponível.
Naquela época, linguagens interpretadas já não eram novidade, mas esse pequeno bordão ajudou muita gente de fora do meio a entender o poder desse conceito.
O RCML é, como o nome diz, uma meta linguagem, e bebe na fonte das linguagens interpretadas, só que ao contrário!
A grande sacada do RCML toolkit é que ele converte as linguagens de alguns fabricantes de robôs industriais (até agora, ABB, KUKA, FANUC e Motoman) em RCML, e através de alguns APIs, pode controlar os braços mecânicos executando o código RCML, que pode depois ser reutilizado em robôs de outras marcas, ou mesmo fracionado/reorganizado, de acordo com a necessidade.
As possibilidades de uso são imensas.
No segundo vídeo linkado abaixo, por exemplo, o cara cria um programa em um KRC4 . Pega esse programa, carrega no RCML toolkit, que por sua vez traduz o código KRL da KUKA em RCML e depois comanda o robô executando o código RCML recém-criado.
E para sapatear na cara da sociedade da robótica industrial, após uma pequena alteração em um arquivo de configuração, o MESMO código RCML criado a partir do KRL é utilizado para controlar um robô FANUC, que inclusive está montado em uma posição diferente da do KUKA.
Vídeo explicando o conceito (narração em russo! Mas dá pra ligar as legendas).
Vídeo (curto) mostrando a implementação do RCML.
Versão estendida do vídeo anterior, mostrando todos os passos em detalhes.
Até pouco tempo atrás, era comum que as empresas optassem por utilizar uma única marca de robôs industriais, para facilitar manutenção, treinamento e aquisição de peças de reposição, por exemplo.
Mas nos tempos atuais, com essa enxurrada de robôs de baixo custo invadindo o mercado e com o chão de fábrica ficando cada vez mais diversificado, o RCML faz muito sentido.
Existem outras iniciativas do mesmo tipo, como o ROS-Industrial, que está há mais tempo na praça. Mas pelo pouco que vi, me pareceu que o RCML está um pouco mais maduro para ser utilizado em ambientes industriais.
*Para conhecimento: continuo não gostando do Java.
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terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
sexta-feira, 18 de agosto de 2017
Robotic Urological Surgery: State of the Art and Future Perspectives
Passeando por esse mundão chamado internet, esbarro no capítulo de um livro sobre robótica com o singelo título de:
"Robotic Urological Surgery: State of the Art and Future Perspectives"
Tenham bons pesadelos.
"Robotic Urological Surgery: State of the Art and Future Perspectives"
Tenham bons pesadelos.
domingo, 21 de junho de 2015
KINOVA ROBOTICS
Descobri agora há pouco.
Acho interessante esse boom de empresas especializadas em robótica colaborativa e assistiva, como é o caso da KINOVA.
E também acho interessante essas empresas abraçarem iniciativas como o ROS sem medo de serem felizes.
Mais informações em: http://www.kinovarobotics.com/
Acho interessante esse boom de empresas especializadas em robótica colaborativa e assistiva, como é o caso da KINOVA.
E também acho interessante essas empresas abraçarem iniciativas como o ROS sem medo de serem felizes.
Mais informações em: http://www.kinovarobotics.com/
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
ROBÔS INDUSTRIAIS PORTÁTEIS
Entre eles, está está um tal "portable welding robot", chamado Dandy (imagens abaixo). Encontrei pouca informação sobre o projeto. Seja lá o que isso for, me pareceu bem interessante!
De qualquer maneira, robôs industriais portáteis (e com capacidade de colaboração) estão se tornado uma tendência na indústria.
O já clássico vídeo da Universal Robots dá muito bem uma ideia do que estou falando.
E esse ano, na feira de automação alemã AUTOMÁTICA, a KUKA Systems também apresentou um conceito bem interessante, o KUKA flexFellow.
Empresas que desejam fazer a diferença no mercado futuro devem observar de perto essas transformações.
terça-feira, 23 de julho de 2013
FEEDBACK HÁPTICO EM ROBÔS INDUSTRIAIS
Dia desses, lendo este artigo, me ocorreu uma coisa.
É muito normal encontrar robôs industriais novos, que nem terminaram de ser comissionados, já cheios de "escoriações".
Isso ocorre devido ao fato dos programadores normalmente prestarem atenção na ferramenta, esquecendo o restante do equipamento.
Até existem algumas soluções, como monitoramento de torque diferenciado para os modos automático e manual, mas não conheço nenhuma que seja realmente eficaz.
O que pensei foi em colocar algum tipo de feedback háptico nos terminais de programação. Como se fosse um celular, ou, melhor ainda, um controle de vídeo-game. Se o robô encosta em alguma coisa, ele vibra um pouquinho, e a vibração iria aumentando a medida em que o torque solicitado aos motores aumentasse. Resumindo, quanto mais forte a pancada, mas forte a vibração*. Isso não iria evitar que a necessidade do robotista ficar olhando em volta do robô a cada movimento, mas acho que evitaria estragos maiores.
Seria o contrário de uma característica interessante que os joysticks dos FlexPendants/TeachPendants da ABB tem há décadas, e que nunca foi replicada por outro fabricante: quanto maior a velocidade com que o programador movimenta o joystick, maior é a velocidade com a qual o braço mecânico se movimenta. Simples e intuitivo (apesar de meio perigoso).
Enfim, é só uma ideia, e pode ser que algum fabricante já tenha pensado em implementar algo do tipo.
* na verdade, só estou sugerindo a vibração nos teachpendants para parecer politicamente correto. Ainda dentro do Condicionamento Operante, mas numa abordagem mais incisiva, por mim a resposta tátil poderia ser uma descarga elétrica. Começaria com 127 V. Numa segunda ocorrência dentro de um determinado período de tempo, o choque seria de 220 V. Três batidas, e o robotista levaria 380 V na cachola. Quatro, 440 V. Cinco, 660 V. E, nos poucos casos onde esses energúmenos galopantes continuassem vivos, o que aumentaria após a quinta colisão seria a corrente.**
** é brincadeira, tá, gente? :P
É muito normal encontrar robôs industriais novos, que nem terminaram de ser comissionados, já cheios de "escoriações".
Isso ocorre devido ao fato dos programadores normalmente prestarem atenção na ferramenta, esquecendo o restante do equipamento.
Até existem algumas soluções, como monitoramento de torque diferenciado para os modos automático e manual, mas não conheço nenhuma que seja realmente eficaz.
O que pensei foi em colocar algum tipo de feedback háptico nos terminais de programação. Como se fosse um celular, ou, melhor ainda, um controle de vídeo-game. Se o robô encosta em alguma coisa, ele vibra um pouquinho, e a vibração iria aumentando a medida em que o torque solicitado aos motores aumentasse. Resumindo, quanto mais forte a pancada, mas forte a vibração*. Isso não iria evitar que a necessidade do robotista ficar olhando em volta do robô a cada movimento, mas acho que evitaria estragos maiores.
Seria o contrário de uma característica interessante que os joysticks dos FlexPendants/TeachPendants da ABB tem há décadas, e que nunca foi replicada por outro fabricante: quanto maior a velocidade com que o programador movimenta o joystick, maior é a velocidade com a qual o braço mecânico se movimenta. Simples e intuitivo (apesar de meio perigoso).
Enfim, é só uma ideia, e pode ser que algum fabricante já tenha pensado em implementar algo do tipo.
* na verdade, só estou sugerindo a vibração nos teachpendants para parecer politicamente correto. Ainda dentro do Condicionamento Operante, mas numa abordagem mais incisiva, por mim a resposta tátil poderia ser uma descarga elétrica. Começaria com 127 V. Numa segunda ocorrência dentro de um determinado período de tempo, o choque seria de 220 V. Três batidas, e o robotista levaria 380 V na cachola. Quatro, 440 V. Cinco, 660 V. E, nos poucos casos onde esses energúmenos galopantes continuassem vivos, o que aumentaria após a quinta colisão seria a corrente.**
** é brincadeira, tá, gente? :P
segunda-feira, 20 de maio de 2013
INMOOV - UM ROBÔ (QUASE TODO) FEITO NUMA IMPRESSORA 3D
Apesar disso não ser robótica industrial (ainda), é mais um exemplo de tecnologias baratas que estão convergindo e que podem/devem ser absorvidas pela indústria.
Se já estão "imprimindo" armas de fogo , é questão de tempo até que as empresas cheguem à conclusão que pode ser possível homologar materiais e tecnologias alternativas para determinadas aplicações.
Mais detalhes aqui:
http://inmoov.blogspot.com
quinta-feira, 2 de maio de 2013
ROBÔS INDUSTRIAIS CHINESES
Sempre tive enorme curiosidade em saber QUANDO os chineses começariam a desenvolver seus próprios robôs industriais.
Ao que parece, eles já começaram. E não foi ontem.
Este excelente artigo (em inglês), escrito por Ilian Bonev, dá várias pistas sobre a situação da robótica industrial naquele país.
Alguns tópicos pinçados aleatoriamente do texto:
- Entre 2009 e 2001 a "população robótica" chinesa quase quintuplicou.
- Quem está encabeçando esse movimento é a Foxconn, famosa no mundo todo por fabricar os gadgets da Apple. Não é exatamente uma novidade empresas desenvolverem robôs industriais para suprirem suas próprias necessidades. Foi assim com os primeiros robôs industriais, e ainda será assim em muitos casos. Além da Foxconn, foram citadas também as fabricantes GSK e ESTUN, das quais eu nunca tinha ouvido falar.
- O TP que a Foxconn quer patentear nos EUA, com joystick e tela touchscreen, me lembra muito um certo Flexpendant.
- Um detalhe que me chamou a atenção: segundo essa brochura de 2008 (também linkado no artigo original), o controlador do Foxbot é (ou era) PC based.
Enfim, qualquer país que se leve a sério tem que ter, no mínimo, o know-how para produzir suas próprias ferramentas e bens de consumo. Mas, se tratando da China, isso sempre toma proporções mastodônticas.
Ainda me lembro de uma certa discussão no Linkedin, onde um dos participantes afirmou que os chineses estavam trazendo material de construção para o Brasil. Isso mesmo: MATERIAL DE CONSTRUÇÃO. Não sei até que ponto isso era/é verdade, mas não canso de me impressionar (no bom e no mal sentido) com a gana manufatureira chinesa.
Aliás, o artigo do Ilian me lembrou de outro assunto que estou para abordar por aqui há muito tempo, mas sempre acabo postergando: a UNIVERSAL ROBOTS. Mais sobre isso qualquer dia desses.
Ao que parece, eles já começaram. E não foi ontem.
Este excelente artigo (em inglês), escrito por Ilian Bonev, dá várias pistas sobre a situação da robótica industrial naquele país.
Alguns tópicos pinçados aleatoriamente do texto:
- Entre 2009 e 2001 a "população robótica" chinesa quase quintuplicou.
- Quem está encabeçando esse movimento é a Foxconn, famosa no mundo todo por fabricar os gadgets da Apple. Não é exatamente uma novidade empresas desenvolverem robôs industriais para suprirem suas próprias necessidades. Foi assim com os primeiros robôs industriais, e ainda será assim em muitos casos. Além da Foxconn, foram citadas também as fabricantes GSK e ESTUN, das quais eu nunca tinha ouvido falar.
- O TP que a Foxconn quer patentear nos EUA, com joystick e tela touchscreen, me lembra muito um certo Flexpendant.
- Um detalhe que me chamou a atenção: segundo essa brochura de 2008 (também linkado no artigo original), o controlador do Foxbot é (ou era) PC based.
Enfim, qualquer país que se leve a sério tem que ter, no mínimo, o know-how para produzir suas próprias ferramentas e bens de consumo. Mas, se tratando da China, isso sempre toma proporções mastodônticas.
Ainda me lembro de uma certa discussão no Linkedin, onde um dos participantes afirmou que os chineses estavam trazendo material de construção para o Brasil. Isso mesmo: MATERIAL DE CONSTRUÇÃO. Não sei até que ponto isso era/é verdade, mas não canso de me impressionar (no bom e no mal sentido) com a gana manufatureira chinesa.
Aliás, o artigo do Ilian me lembrou de outro assunto que estou para abordar por aqui há muito tempo, mas sempre acabo postergando: a UNIVERSAL ROBOTS. Mais sobre isso qualquer dia desses.
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