Ok. O artigo já tem mais de dois anos, o resultado da enquete preenchida pelos leitores (cujo resultado só é visível após você votar) não é lá dos mais animadores, e eles pegaram como exemplo um cara que trabalha para um fabricante, e não pobres freelancers como eu, mas, enfim...
Num artigo recente do site da revista inglesa New Scientist, li sobre o Virtobot (que, sabe-se lá porque, é chamado de VirtIbot durante todo o texto).
O Virtobot é um dos alicerces de uma técnica que vem sendo paulatinamente adotada na medicina legal de alguns países: as virtópsias.
A virtópsia consiste em três etapas:
Primeiro, um robô industrial escaneia o corpo da vítima com uma câmera capaz de gerar um modelo 3D da superfície do mesmo.
Depois, o corpo é posto dentro de um tomógrafo computadorizado, que, através de raios-X, gera imagens do interior.
Por fim, amostras de tecido e fluídos são coletadas através de biópsias feitas com agulha.
Isso evita que o corpo sofra maiores danos - o que pode ser desconcertante para algumas famílias (obviamente, isso se aplica apenas a mortes não violentas). Também há um ganho de precisão no processo. Por último - e, talvez, o motivo mais importante - avirtópsia é gravada e pode ser consultada o número de vezes que for necessário, por diversos patologistas diferentes.
A princípio, não há diferença gritante entre o Virtobot e algumas aplicações utilizadas na indústria, como medição a laser ou sistemas de visão.
O texto deixa bem claro, mas é sempre bom lembrar: o Virtobot é um robô industrial normal, e não um desses robôs-cirurgiões que estamos cada vez mais acostumados a ver por aí.
Um robô-cirurgião é uma extensão das mãos do médico que o opera. Ele não trabalha através de programas ou rotinas, ou seja, ele só se movimenta quando o médico ordena. É uma ferramenta para dar mais precisão às mãos do cirurgião.
Já o Virtobot, após ter definidos alguns pontos de calibração, trabalha sozinho, executando trabalhos repetitivos, como seus primos da indústria.
De qualquer forma, fiquei curioso para saber mais detalhes sobre o robô utilizado.
Abaixo há um vídeo de 30 segundos - que pode ser desconcertante para alguns - onde se mostra a virtópsia do crânio de uma vítima de suicídio.
Você, provavelmente, já viu esse vídeo, fruto da união entre o bom e velho espírito DIY (do it yourself) com o máximo desapego à integridade do cocuruto.
(Acho que eles tentaram fazer algo parecido com isso)
Na edição 283 da revista INFO (Setembro/2009), uma matéria curtinha me chamou a atenção.
Falava sobre o ROS (Robot Operating System), uma tentativa dos cientistas criarem um sistema operacional que poderá ser utilizado por qualquer pessoa que queira desenvoler qualquer tipo de robô. Ambicioso, não?
Obviamente, o âmbito da reportagem é a robótica acadêmica, de pesquisa, onde as particularidades tanto do software como do hardware são muito mais acentuadas do que em nosso ramo de trabalho.
Contudo, não deixa de ser interessante imaginar as possibilidades que esse tipo de ferramenta poderia trazer ao chão de fábrica.
Embora não seja a maioria dos casos, em determinadas situações linhas ou até mesmo células são montadas com robôs de fabricantes diferentes. Comissionar esse arranjo de equipamentos, dependendo do caso, pode ser trabalhoso, justamente por ter que se levar em conta as idiossincrasias de dois ou mais tipos de máquinas, o que, evidentemente, pode comprometer a produtividade das equipes envolvidas.
Mas, e se fosse possível utilizar os mesmos programas e configurações, independente do hardware?
Sinceramente, acho que a probabilidade de isso acontecer é, tipo assim, nula. De qualquer jeito, sonhar não custa nada.
Detalhe: se você for corajoso e quiser experimentar, esteja avisado que, por enquanto, o software só roda em filhotes do Unix (leia-se: Ubuntu e Mac OS X).
A versão mais recente do editor de textos conta com uma novidade que pode agradar aos robotistas. Ou, pelo menos, aos programadores de robôs ABB: agora a linguagem RAPID já vem integrada ao programa.
Na verdade, o destacador de sintaxe da linguagem RAPID (assim como o da linguagem KAREL), já estava disponível para download há muito tempo. Também é fácil escrever um arquivo de configuração para detacamento de sintaxe de uma outra linguagem qualquer.
O que realmente mudou foi que agora o Code Explorer, que não é customizável, também exibe as funções da linguagem RAPID.
O Code Explorer é uma janela lateral (chamada de Function List em outros softwares) que exibe apenas os nomes das subrotinas e funções, tornando mais fácil a navegação em programas extensos.
Infelizmente (e não sei por quê), o Code Explorer exibe apenas as PROCs e as FUNCTIONs, deixando de lado as TRAPs.
Entre outras coisas, o PSPad pode fazer a comparação de arquivos (na verdade, todo editor de texto que SE PREZE pode, de um jeito ou de outro, realizar essa operação).
Ele ainda conta com outros recursos úteis, como a criação de novos arquivos a partir do resultado de buscas e a capacidade de exportar o texto para o formato .rtf, recurso interessante para a bendita hora em que é necessário criar a documentação do robô/célula que você está integrando.
E pode ser executado direto de uma unidade de armazenamento externa (pendrive, hd externo, etc).
É possível também alterar a interface para o português brasileiro, além do site disponibilizar um dicionário para o nosso idioma.
Particularmente, acho o PSPad muito bom - e sempre utilizei-o - para editar arquivos .ini e .xml.
O PSPad é freeware (mas não opensource). E está disponível apenas para o Windows.
Descobri recentemente esse modelo da Motoman. O que chama a atenção é o fato dele ter um sétimo eixo no próprio braço mecânico. Normalmente, robôs articulados têm no máximo 6 eixos. Quando esse número é maior, significa que o robô tem eixos externos (servo guns, trilhos, mesas, etc).
A carga útil do robô é pequena (50kg) e, aparentemente, existem pinças de solda (servo guns) específicas, mas o design compacto e o eixo adicional criam possibilidades de montagem interessantes.